Quer festas, praias ou montanhas?

Fundão-ES (ler matéria) é um município de grandes festividades tradicionais, como as festas de Congo; reza a lenda que esta tradição centenária surgiu após um barco com vários negros afundar, 25 negros foram salvos segurando o mastro do barco e clamando por São Benedito, daí a explicação da festa ter no ápice o hasteamento da bandeira com a imagem do santo.
Essa tradição tem importância tamanha que a cidade duplica seu número de habitantes durante os dias que ocorre (final de dezembro até o início de janeiro).
Mas que fique claro que não é só a festa de Congo que torna Fundão um bom destino turístico, a cidade cortada pela BR 101, próxima a capital Capixaba, com acesso fácil sendo ainda um dos poucos lugares no Brasil que se pode chegar de trem de passageiro, tem como grande atração para o turismo e lazer o distrito de Praia Grande.
Neste distrito o rio Reis Magos desemboca na praia. Em se tratando de diversão em água salgada fica a informação que Praia Grande conta com 8 km de praia.
Outra opção turística é o Parque Municipal do Goiapaba-Açu (46 hectares), no parque entre os vários atrativos naturais está o pico Goiapaba-Açu com 880 metros de altitude.
Atendendo a todos os gostos até a natureza privilegiou Fundão, pois aqui é possível chegar das praias as montanhas em 50 minutos.
Pelas festas, praias ou montanhas, opções de turismo em roteiros alternativos não faltam por aqui.

Fundão - ES

Desde ontem (25/11/2009) estamos em Fundão - ES, cerca de 47 km ao norte de Vitória.
O hotel que estamos fica as margens da BR 101 que cruza a cidade; pela janela do quarto é possível ver bons pontos de carona para amanhã, pelo menos calcula-se que seja fácil carona por aqui devido ao grande fluxo de veículos e pela rodovia estar dentro da cidade, amanhã saberemos falar com mais precisão dessa parte.
Fundão tem 12 mil habitantes e é bem o que procuramos, turística e pouco conhecida, na parte da tarde vamos conhecer as praias e atrativos daqui, mas já deu pra ver que é mais um lugar com grande potencial turístico e pouco divulgado no Brasil. O bom dessas cidades alternativas é que é sai muito mais barato passar as férias, ou um final de semana prolongado.
Fotos: Igreja matriz, Casa da Cultura e vista da janela do hotel.

Chegamos em Vitória - ES

Saindo de Santos Dumont – MG, resolvemos deixar um pouco as matas e cachoeiras de Minas Gerais, para cairmos de vez na praia, depois da terra do pai da aviação (Santos Domont que me perdoe, mas a cidade dele é uma decepção tamanha que nos arrependemos até de passar por lá ), fomos para Juiz de Fora – MG e pegamos um ônibus direto para Vitória – ES. Chegamos sexta-feira (21/11/2009 - 9h) no apartamento da dona Cida, tia do Joel, que fica perto de uma praia, depois de tantas caminhadas em trilhas, mata fechada e lama, nada melhor que curtir um dia de sol, isso ajudará quebrar o cansaço da viagem e o calor dos acostamentos a espera de carona.
Sem falar que a dona Cida é um anjo e nos quebrou um ganho enorme lavando nossas roupas, não agüentava mais fazer revezamento de roupa suja, pior ter que carregá-las. Santa dona Cida!
Após uma viagem tranqüila de 8 horas de ônibus (Juiz de Fora – Vitória), anestesiada com Dramin, uns mergulhos nas praias aqui de Vitória e Iriri e um sono sossegado sem pensar em fazer matérias, podemos dizer que tivemos um final de semana de “férias”.
Ufa!!!
Estou queimando igual brasa, de tanto sol, mas como disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.” A alma pode não ser pequena, mas o couro está vermelho e ardendo, mas que vale a pena, não tenha dúvida...

Pé na estrada

As vezes fica um pouco difícil atualizar o blog por causa da correria da viagem, mas vamos lá...
Agora (19/11/2009) estamos em Santos Dumont, a cidade em que nasceu o pai da aviação, saímos de Lima Duarte, cidade sensacional, provavelmente você já tenha ouvido falar de lá pela fama do distrito de Ibitipoca, lá que está o Parque Estadual, é legal ver a água com a coloração de cerveja escura, as grutas, serras, ponte de pedra, tudo muito interessante, mas tem que pagar para entrar e há certa quantidade de visitantes por dia (ler matéria).
Fomos bem recebidos pela Secretaria de Turismo e o turismólogo Marcio Lucinda nos guiou pela turnê alternativa (tão bonita quanto Ibitipoca e sem taxa ou limitação de visitantes). Lima Duarte é turística por inteira.
Em Ibitipoca ficamos na Pousada Janela do Céu, muito boa, chique e aconchegante, já no município nos hospedamos no hotel Gabivini e no Rancho Alegre da dona Miriam, um hotel fazenda que vale a pena conhecer, sem falar do bom humor da dona Miriam, proprietária da fazenda.
Saindo do Rancho conseguimos carona até a BR 040 que liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte; parados na 040 tivemos a primeira sensação de medo da viagem, além do fluxo muito rápido dos veículos, a periferia de Juiz de Fora que fica próxima a rodovia faz com que alguns usuários de drogas fiquem as margens da BR. Para não dar bobeira para o azar pegamos o primeiro ônibus que parou e fomos para a rodoviária de Juiz de Fora e de lá viemos aqui para Santos Dumont.
Amanhã (20/11/2009) destino ainda incerto, provavelmente Rio Pomba – MG, já com o intuito de chegar o quanto antes em Vitória – ES.
A bondade de muita gente que vamos encontrando pelo caminho incentiva seguir adiante, legal conhecer tantas cachoeiras, grutas e locais que quase ninguém tem acesso para que seja preservado.
Quem acha que viajar pelo Brasil sai caro, tem que rever os conceitos, provavelmente se ilude com os altos preços dos pacotes oferecidos pelas agências de turismo, tem cidades maravilhosas, cheias de atrativos naturais, com um povo surpreendente e receptivo . Lugares que muita gente nunca ouviu falar, mas eles existem e tem muito a oferecer. Vale a pena perder um pouquinho de tempo e pesquisar antes de sair de viagem.
É isso ai, forte abraço e até o próximo post, se você quiser indicar um lugar maneiro no Brasil pra gente ir, fique a vontade.

Recomendamos até agora as seguintes cidades em MG para uma viagem econômica e proveitosa: Cristina, São Lourenço, São Thomé das Letras, Carvalhos, Bom Jardim de Minas e Lima Duarte.

Bom Jardim de Minas e seu povo receptivo

Estamos em Lima Duarte - MG e já bate uma saudade de Bom Jardim de Minas, povo muito acolhedor; sem palavras para agradecer todo apoio que recebemos para conhecer e mostrar as belezas do local. Surpreendente como o Brasil tem uma cidade cheia de riquezas naturais e a grande maioria da população não conhece, sem falar que é muito barato passar férias em Bom Jardim e ainda tem a opção de ficar na Fazenda do Pacau ( Hostel Pacau Farm instalação do século XVII) que já hospedou a Princesa Isabel, Dom Pedro II e várias personalidades.

A cidade é privilegiada por Deus, são tantas belezas naturais, tantas cachoeiras, trilhas, montanhas que fica difícil tentar transmitir tudo que é Bom Jardim de Minas em palavras, melhor mesmo é conhecê-la.
Fica aqui nossa gratidão ao Ademir - secretário de Esporte e Turismo - que nos recebeu muito bem, assim como o Adelmar que conhece os pontos turísticos como a palma da mão e nos levou em lugares fantásticos, e o motorista da prefeitura “Preto”, que deixou de lado, sábado e domingo de folga para nos levar para todos os cantos da cidade.
Uma cidade de gente do bem que trata bem quem vem de fora, deve sempre estar no topo da lista de qualquer turista antes de sair de casa para viajar. Sem falar que passar o fim de semana, férias ou carnaval em Bom Jardim de Minas é um presente que você dá para você mesmo, é muito econômico fazer uma trip por aqui, venha e verá tanta beleza que difícil vai ser querer voltar pra casa.
Pra facilitar a viagem e conhecer as cachoeiras, montanhas, trilhas, cavernas e história do local agende com o Adelmar (Aimorés) para guiá-lo durante os passeios, ele sabe tudo sobre Bom Jardim além de ser uma companhia muito divertida e agradável. (32) 3292-2137
Parabéns a toda equipe do Aimorés pela iniciativa de criarem a Associação dos Condutores de Viajantes, todas as cidades precisavam de um grupo organizado assim, ajuda muito os turistas.
Dica de hospedagem: Hostel Pacau Farm (32) 3292-1219 / 8417-9758 - Raymundo Pena

A natureza venceu o homem

A casa simples da foto acima é da Dona Cecília, uma senhora de 58 anos que mora nesse mesmo lugar há mais de 20 anos. O local fica próximo a uma BR, em que os carros que passam sem se darem conta da beleza do local. Próximo a casa tem uma cachoeira que em homenagem a moradora recebeu o nome de Cecília.
Ontem (14/11/2009) tentamos ir até a cachoeira para tirar fotos, mas assim que chegamos perto juntamente com o Adelmar (Teté) que nos guiava e está acostumado a frequentar o local, ficamos surpresos, todo acesso a cachoeira estava encoberto por árvores . A mata fechou com o tempo, a chuva e o pouco contato com a devastação humana.
Voltamos felizes por não termos visto a cachoeira; comentei com o Adelmar: “Ponto para natureza, ela venceu o homem.”. Ele sorriu e concordou.
A maior felicidade foi em saber que a Cecília cachoeira, assim como a Cecília moradora da casinha humilde, sabe muito bem como se defender sozinha.
Obs: Ao todo são cerca de cem cachoeiras no município de Bom Jardim de Minas - MG, é possível visitar a maioria delas. Quando visitarem o povoado Taboão não deixem de conhecer o Balneário das Crianças, Balneário do Presépio, Balneário do Remanso e ver a beleza da cachoeira Pedra Branca, nesta última de preferência acompanhado do simpático produtor local Sr. Darci (foto abaixo).
Para facilitar a vida e aproveitar ao máximo as belezas naturais de Bom Jardim de Minas, entre em contato com o Adelmar (32) 3292-2137 da Associação dos Condutores de Viajantes (Aimorés).

No destino certo: Bom Jardim de Minas

Chegando em Bom Jardim de Minas - MG, conversamos com o secretário de Esporte e Turismo, que logo aceitou que mostrássemos os atrativos turístico deste município e nos recebeu muito bem. Hoje conhecemos as cachoeiras e os atrativos da cidade cujos bancos da praça são repletos de frases célebres e motivacionais. Descobrimos também que aqui tem um badalado e excelente carnaval em que o turista pode se divertir com muito pouco dinheiro, uma boa opção para quem gosta da festa de Momo e não sabe para onde ir.
E o frio é comparado com Campos do Jordão, com uma exceção, aqui você gasta muito menos.
O secretário de Esporte e Turismo mostrou ser muito interessado em propagar a riqueza turística de Bom Jardim. Quanto a atenção dada ao esporte local é um bom exemplo para os outros municípios de como aliar esporte, educação e evangelização, combatendo a evasão escolar e afastando os jovens das drogas.
Hoje ficamos estarrecidos ao ver tantas cachoeiras; guiados pelo aventureiro e comerciante Adelmar (Teté) e o motorista da prefeitura Luiz Carlos (Preto), mesmo sendo sábado e perdendo o jogo da seleção brasileira, ambos estavam animados, sorridentes e solícitos na porta do hotel para nos levar até as belezas naturais de Bom Jardim de Minas e do distrito Taboão.
Quanta beleza! Cachoeiras de perder o fôlego, paisagem de não querer piscar os olhos e um povo tão bom e acolhedor de enchê-los de lágrimas.
O povoado de Taboão é magnífico, lá tomamos café com a família do senhor Darci, a beleza do lugar mesclava com a bondade da família que não sabia o que fazer para nos deixar felizes. Mil vezes maravilhoso, tudo! A presença de Deus é constante e a receptividade que somos aceito é uma prova de que Ele já foi na frente anunciando nossa chegada.

Quer carona?

Quando saímos de Carvalhos-MG o secretário de Turismo nos levou de carro até o trevo da cidade, para pegarmos carona e chegarmos a Bom Jardim de Minas. ( Cerca de 40 Km de viagem)
Pegar carona no trevo não foi nada difícil, logo passou uma Fiorino que iria para Liberdade-MG, chegamos a recusar a carona, pois só caberia um no carro e também não iria para o destino que queríamos. Surpreendeu-nos a força de vontade em ajudar do motorista, que mostrando solicito em tirar a gente da beira da estrada, explicou que iria fazer entregas em Liberdade e nos deixaria no trevo daquela cidade, caso não conseguíssemos carona ali, ao terminar suas entregas passaria pelo local que estávamos e nos levaria até Bom Jardim de Minas, onde também tinha entregas a fazer.
Carona aceita, ao perceber que o motorista era um trabalhador e realmente só queria ajudar e alguém para conversar, a viagem foi curta e muito animada, descobrimos que o camarada do volante também gostava de boas aventuras, o Joel foi na frente com ele e eu junto com as mercadorias atrás, lugar bem propício para pessoas de baixa estatura hehehhe.
Surpreendeu pegar carona na Fiorino, pois um policial fardado também estava no trevo na mesma situação que nós, após o PM recusar o convite, logo o motorista nos perguntou se poderia ajudar. Ele nos ajudou mesmo sabendo que poderia ser multado, pois eu fui na parte de trás (caçamba).
Logo que descemos da Fiorino, passou um Fiat Uno que estava vindo buscar camisetas promocionais em Bom Jardim e nos trouxe até aqui.
Realmente o dia 13/11/2009 foi um ótimo dia para pegar carona. Pessoas com vontade de ajudar ainda existem, surpreendeu que após nos ajudar ambos motoristas agradeceram nossa companhia, parecia que nós que havíamos ajudado.
Na expedição que quer mostrar que o Brasil é um país bonito de se ver, não podemos deixar de falar que tem muito brasileiro que pensam e se colocam no lugar do próximo.

Carvalhos: terra de esportes radicais

Estamos em Carvalhos-MG, fomos muito bem recebidos pelo prefeito e pelo secretário de Turismo – Arlindo Camargo.
Carvalhos é um bom lugar para praticar esportes radicais como MotoCross, enduro, rapel, rafiting, trekking e escalada.
Carvalho é um dos inúmeros exemplos de locais que oferecem boas opções de turismo no Brasil e estão fora das opções das agências de turismo; a 150 km de Juiz de Fora, o município é uma boa sugestão para quem procura a tranquilidade do interior sem abrir mão da adrenalina do esporte radical.
Hoje visitamos várias cachoeiras e a zona rural, um paraíso rodeado de montanhas. Ultra recomendado o sul de MG. Amanhã vamos para Bom Jardim de Minas e agora eu vou dormir que já é tarde.
Abraço a todos!

DB - Saimos de São Thomé das Letras

Os últimos momentos em São Thomé das Letras foram maravilhosos, e quando percebemos já estávamos com saudades de tudo aquilo, da pousada, do nosso amigo Tchuck que nos acompanhou em todos os momentos na cidade, ficou um clima nostálgico, o município de pedra a 1440 metros de altitude é extremamente inspirador, mais que isso, é apaixonante! Conhecemos u ma infinidade de músicos e artesãos da cidade, sem falar no Seu Nanau, que produz a melhor pinga com mel de São Thomé, sem dúvida é marca registra por lá, a bebida mais parece um licor de mel, ganhamos uma garrafa, que acabou ficando com o Tchuck, que adora a bebida. Saímos de São Thomé das Letras por volta das 10 horas da manhã, pegamos carona para Cruzilia em uma caminhonete, e o Laércio foi na caçamba, 40 quilômetros de estrada de terra na caçamba, e o motorista acelerava enquanto perguntava pro Laércio se ele ainda estava vivo...haha

Novo destino ...
Chegamos em Cruzilia, comemos pão com mortadela e pegamos um circular até o trevo da cidade, assim que chagamos lá conseguimos carona com o Luiz Claudio, que me conhecia da Banca do Juninho, ele é quem fornece os jornais para a banca (que também é rota dos mochileiros no sul de MG) toda manhã. Luiz Claudio nos deixou na porta da prefeitura de Carvalhos-MG, onde fomos muito bem recebidos pelo secretário de turismo, Sr. Arlindo, que nos colocou em um na Pousada Muquém, onde estamos nesse momento, e também deixou um restaurante a nossa disposição, o prefeito José Geraldo disponibilizou a companhia do Sr. Arlindo para nos guiar em todos os pontos turísticos da cidade, começaremos amanhã de manhã, hoje vamos jantar com ele pra deixar o roteiro combinado.
Na próxima postagens já traremos fotos da cidade de Carvalhos.

São Thomé das Letras: Um prato cheio para mochilar!

Saímos de Cristina na segunda-feira, dia 9 de novembro as 8 da manhã, e após quatro caronas, passando por São Lourenço, Soledade de Minas e Caxambu, chegamos ao nosso destino: São Thomé das letras! Se eu tivesse que definir a cidade com apenas uma palavra, essa palavra seria: Impressionante! Tudo aqui em São Thomé inspira aventura, os mistérios, as cachoeiras, a igreja de pedra, a pirâmide , as ruas todas feitas de pedras enormes, tudo isso faz com a cidade supere qualquer expectativa! Fomo muito bem recebidos na prefeitura pela Angélica, que por coincidência é dona da Pousada e Camping Rezende (35-3237-1230/9911-0426), logo Angélica nos permitiu ficar em sua pousada, conseguindo também vale alimentação para eu e Laércio. Na pousada conhecemos Tchuck, um musico que mora em São Thomé ha 6 anos, ele nos levou a conhecer a maioria dos artistas da cidade, um verdadeiro cardápio de talentos, músicos, poetas, artesãos, artistas plásticos, sem contar os inúmeros personagens nativos, como o Leprechal, o famoso Ventania, e o Dois, dono do bar mais badalado da cidade, que funciona desde os anos 80’e é todo feito de pedra e madeira, simplesmente maravilhoso! Não apenas conhecemos essas pessoas como também fomos a casa delas, entramos e fomos bem recebidos como se fossemos velhos amigos, e isso é o que mais impressiona em São Thomé, a força da amizade, e a união entre o pessoal nativo. Portanto fica aí a sugestão, venha à São Thomé das Letras, conheça todos esses mistérios e encantos cravados na pedra e cercado por uma natureza exuberante, e por um povo que faz você se sentir em casa, não perca mais tempo, São Thomé espera por você!