domingo, 27 de dezembro de 2009

São Thomé das Letras e dos músicos


Trecho da música de um dos incontáveis artistas que povoam São Thomé das Letas - MG.

“Destino São Thomé”

A pé pelas estradas,
eu me encontrava,
jogado pelas sortes, pelas quebradas...
Eu não tinha destino, eu só andava!
Em busca de um lugar que encontrasse a paz...
Paz, encontrasse a paz...
O destino me levou a Minas Gerais,
Em São Thomé acabei encontrando a paz
Vamos chegando, vem pra cá galera!
Conhecer essa cidade toda feita de pedras...
Além das pedras, tem as cachoeiras...
Tem as trilhas, tem as grutas, e a natureza!

[Tchuck das Letras]

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Papai Noel na estrada


O mochileiro Max Cunha que encontramos na estrada em Macchu Picchu, é autor desse cartão de fim de ano, aproveitando a obra de arte do companheiro Max fica aqui nosso desejo de felicidade a todos.
Feliz Natal, Feliz Ano Novo e Boa Viagem!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Bucha vegetal: produto ecológico contribui com o meio ambiente


Enquanto o mundo aguarda uma solução para salvar o planeta vinda dos líderes mundiais, empresários e cidadãos comuns procuram alternativas para contribuírem de forma sustentável com o meio ambiente.
Não é de hoje que a reciclagem ou o uso de materiais naturais são sempre indicados quando o assunto é pensar no bem coletivo, alternativas antigas que com o tempo passaram a ser deixadas de lado voltam assumir papel de destaque devido à eficiência e o apelo social; com tamanho debate de iminente desastre ecológico ressurge a moda o uso de “materiais verdes”, amigos do planeta.
Aliando o bem estar com a preservação ambiental o empresário Claudomiro de Assis Gregoratto, idealizou e montou em Osvaldo Cruz, SP, a Ki-Banho, cuja matéria prima para confecção dos produtos vem da natureza, sofisticando e dando formato industrial as tradicionais buchas vegetais, Gregoratto expande para todo Brasil seus produtos de bandeira 100% nacional.
Com a preocupação do lado comercial não sobrepor às necessidades coletivas, preservando assim o meio ambiente, Gregoratto utilizou em sua empresa a chamada tríplice benfeitoria, fazendo bem a natureza, gerando emprego e renda e colocando no mercado produtos que contribuem com a saúde, ajudando na circulação periférica do sangue.
A ideologia seguida pelo empresário do interior paulista, de não agressão ao meio ambiente, faz ecoar a principal meta discutida pelos líderes mundiais durante a COP15 (15ª Conferência das Partes sobre o Clima), em Copenhague: a consciência empresarial, para melhorar a qualidade de vida na Terra.
Tamanho exemplo da importância da bucha vegetal pode ser mensurado pela Lei Municipal 2.833 da cidade mineira de Ponte Nova, na qual institui para as repartições públicas municipais o uso de esponjas de bucha vegetal para limpeza em geral, substituindo o uso das sintéticas, para colaborar com o meio ambiente.
Além de ecologicamente corretas, as buchas vegetais contribuem na revitalização da pele removendo as células mortas e colaborando no combate a celulite.
O destaque brasileiro no cenário mundial de consciência ambiental fez com que o ministro do meio ambiente Carlos Minc declarasse em entrevista após a COP15 de que “finalmente saímos do armário no sentido ambiental”; entenda-se nas entrelinhas da frase do ministro que sem a contribuição das indústrias seria impossível haver tais avanços.
A consciência ambiental que antes despertava interesse somente dos ativistas, hoje toma conta da preocupação de todos, como mencionou o presidente Luiz Inácio Lula após a conferência do clima: “"Corremos o risco de sermos fotografados como os dirigentes incompetentes que não conseguiram cuidar do planeta enquanto ainda era possível".
Tamanha responsabilidade também é meta de cada cidadão que queira contribuir com o planeta, policiando as atitudes e utilizando produtos de empresas que pensam e colaboram com o meio ambiente.
Credito: Laércio Guidio

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Saiba tudo...

Se você perdeu alguma de nossas matérias da primeira temporada, leia agora o que saiu em diversos jornais, sites e revistas pelo Brasil:

"Expedição jornalística revela as riquezas de Bom Jardim de Minas"

"Belezas naturais e tranquilidade atraem turistas ao sul de MG"

"Recorde: Café com a maior nota mundial é brasileiro"

"São Thomé das Letras: a Macchu Picchu brasileira acessível a todos os bolsos"

"Sem censura: a arte que faz viver São Thomé"

"Cidade ao sul de MG tem inúmeras opções para prática de esportes radicais"

"Bom Jardim de Minas, destino econômico com inúmeros atrativos naturais"

"Lima Duarte: riqueza natural atrai turistas do mundo todo"

"Festa de Congo faz Fundão (ES) ser atração turística"

"Conceição da Barra: das dunas ao Moutain Bike que liga dois Estados"

Matéria especial: "Roteiro alternativo: Três Estados e um Brasil que poucos conhecem"

Carona perfeita até a Bahia

Depois de sairmos da casa dos pais do Zartônio Jr (Zazá), em Conceição da Barra-ES, fomos pegar carona rumo a cidade mais próxima da Bahia. Mais uma surpresa de beira de estrada, conseguimos a primeira carona até a divisa dos dois Estados em um Fiat Strada que nos colocou na caçamba em plena BR 101. Chegando em Pedro Canário-ES conseguimos a melhor carona até agora, uma carreta com destino a Salvador nos trouxe até a capital da Bahia, mais de mil quilômetros de carona, dois dias dormindo dentro da carreta e comendo junto com nossos parceiros caminhoneiros.
Foi Deus quem colocou o Adilson Soares e o Joélio Carlos em nossos caminhos, pessoas super gente boa; fácil notava a vontade de ajudar e de dar o melhor que eles podiam para nos deixar confortáveis e felizes, não foi uma simples carona, foi uma lição de vida, pela primeira vez na viagem eu chorei em ter que despedir dos companheiros, muito ruim essa sensação de conhecer pessoas tão boas, fazer amizade e em pouco tempo ter que dizer “até logo e boa viagem”.
O melhor dessa aventura é conhecer gente boa pelo caminho, tem detalhes tristes como no Posto Coqueiro em Feira de Santana-BA, quando presenciamos um acidente de caminhão que morreu um homem e uma mulher a poucos metros da gente, nós estávamos no posto se preparando para almoçar, foi uma cena muito chocante, bem perto da hora de se despedir dos novos companheiros de viagem, o acidente ficou martelando na cabeça e fez todo mundo parar para refletir bem sobre a vida.
Antes disso, quando entramos na Bahia foi outro momento muito chocante: a pobreza; crianças na frente de suas casas esperando alguém jogar alguma coisa para comerem, sentadas ou em pé em barraquinhas improvisadas com plaquinhas que diziam: “Precisamos de alimentos”. A principio ficaríamos em alguma cidade perto da divisa dos Estados, mas essa cena de miséria nos fez mudar os planos e aproveitar a carona ao máximo, direto para Salvador.
Salvador também tem sua miséria marcante, pessoas toda hora pedindo dinheiro no Centro Histórico, dentro dos ônibus e até mesmo no shopping Iguatemi, mas sem sombra de dúvidas a cidade é muito mais rica que o trecho que já passamos pela Bahia, Salvador é uma cidade muito bonita também e encerrou nosso primeiro roteiro alternativo, que saiu de Cristina-MG e passou por várias cidades mineiras e capixabas até chegar à capital baiana.
Foram vários dias de carona, desde carros comuns até veículo de funerária, muitas histórias e aventuras marcaram o primeiro ciclo da viagem no dedão por um Brasil ainda pouco conhecido da maioria de seu povo.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Felizes acontecimentos

Em Vitória-ES, fomos entrevistados pela TV Record do Espírito Santo (assista a matéria), quando o cinegrafista Zazá, nos indicou que visitássemos Conceição da Barra-ES (divisa com a BA) e fizéssemos uma matéria falando do local, após sairmos de Fundão, a dica de Zazá foi o próximo destino, mais uma vez a viagem nos preparou uma boa surpresa.
Ao sairmos de Fundão passamos em um mosteiro Budista que foi indicação do pessoal do site Caçadores de Cachoeiras, mas por azar ou sorte, ao chegarmos no mosteiro não pudemos ficar devido ser dia de retiro espiritual e para participar teríamos que ter participado das preparações que antecedem o retiro. Tem um ditado que diz que há males que vem para o bem, foi bem isso que ocorreu. Após sairmos do mosteiro e andar cerca de 2 km até a estrada, pegamos carona em menos de 5 minutos de espera com o carro de uma funerária que nos levou junto com o defunto até Linhares-ES, eu fui na frente tentando conversar com o motorista que corria muito, e o Joel atrás do lado do falecido, como na frente não tinha banco de passageiro, o negocio foi sentar no chão e agüentar as cutucadas vindas de trás do balanço do caixão.
Após a emocionante viagem junto com alguém que não está mais entre nós, pegamos outra carona com um vendedor de shows de forró de Linhares até Conceição da Barra, a princípio a carona seria até São Mateus-ES, mas como a figura do motorista cobrava para dar carona e após pagarmos R$ 10,00 cada um, fizemos a cabeça dele para nos trazer até a Barra, foi só diversão pelo caminho, valeu cada centavo do dinheiro pago.
Chegando aqui em Conceição da Barra onde estamos hospedados na casa dos pais do Zazá, fomos surpreendidos com mais novidades agradáveis, a família é super gente boa e bem humorada, o irmão do Zazá representa o Brasil no Jiu Jitsu e Vale Tudo internacional, isso já rendeu uma boa pauta para matéria sobre o local.
No final de semana fomos para a Vila Itaúnas, fazer matéria sobre os atrativos do local, que por mais uma surpresa boa da viagem teve a Copa Capixaba de Moutain Bike, onde conhecemos o jornalista Cristiano Quintino, que veio cobrir o evento para revista Pedal, ficamos todos no mesmo quarto na pousada, a principio o Cristiano se assustou com nossa mochila e pela história doida de dois mochileiros viajar de carona por todo Brasil fazendo matérias, depois de fazermos amizade ele nos confessou que estava morrendo de medo no começo. Confesso que foi muito divertido ouvir isso dele.
A vila Itaúnas é linda, as praias, as dunas, os nativos, as ruas sem asfalto todas cheia de areia, foram dias surreais, sem falar na competição de Moutain Bike que fez a gente cruzar a divisa do ES com a BA.
Muito bom conhecer a praia Riacho Doce (a praia deserta eleita a segunda mais bonita do Brasil), um buggy da Casinha de Aventuras (www.casinhadeaventuras.com.br) nos levou até lá; parafraseando Roberto Carlos posso dizer que foram muitas emoções, e são muitas as histórias para contar, mas vou parando para não ficar enfadonha a leitura.
Mas garanto que chegar até Conceição da Barra de carona sendo cerca de 70 km do trajeto no carro de uma funerária, perto de um defunto, foi até agora a parte mais impressionante da viagem.

Ler matéria













quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quer festas, praias ou montanhas?



Fundão-ES (ler matéria) é um município de grandes festividades tradicionais, como as festas de Congo; reza a lenda que esta tradição centenária surgiu após um barco com vários negros afundar, 25 negros foram salvos segurando o mastro do barco e clamando por São Benedito, daí a explicação da festa ter no ápice o hasteamento da bandeira com a imagem do santo.
Essa tradição tem importância tamanha que a cidade duplica seu número de habitantes durante os dias que ocorre (final de dezembro até o início de janeiro).
Mas que fique claro que não é só a festa de Congo que torna Fundão um bom destino turístico, a cidade cortada pela BR 101, próxima a capital Capixaba, com acesso fácil sendo ainda um dos poucos lugares no Brasil que se pode chegar de trem de passageiro, tem como grande atração para o turismo e lazer o distrito de Praia Grande.
Neste distrito o rio Reis Magos desemboca na praia. Em se tratando de diversão em água salgada fica a informação que Praia Grande conta com 8 km de praia.
Outra opção turística é o Parque Municipal do Goiapaba-Açu (46 hectares), no parque entre os vários atrativos naturais está o pico Goiapaba-Açu com 880 metros de altitude.
Atendendo a todos os gostos até a natureza privilegiou Fundão, pois aqui é possível chegar das praias as montanhas em 50 minutos.
Pelas festas, praias ou montanhas, opções de turismo em roteiros alternativos não faltam por aqui.

Fundão - ES

Desde ontem (25/11/2009) estamos em Fundão - ES, cerca de 47 km ao norte de Vitória.
O hotel que estamos fica as margens da BR 101 que cruza a cidade; pela janela do quarto é possível ver bons pontos de carona para amanhã, pelo menos calcula-se que seja fácil carona por aqui devido ao grande fluxo de veículos e pela rodovia estar dentro da cidade, amanhã saberemos falar com mais precisão dessa parte.
Fundão tem 12 mil habitantes e é bem o que procuramos, turística e pouco conhecida, na parte da tarde vamos conhecer as praias e atrativos daqui, mas já deu pra ver que é mais um lugar com grande potencial turístico e pouco divulgado no Brasil. O bom dessas cidades alternativas é que é sai muito mais barato passar as férias, ou um final de semana prolongado.
Fotos: Igreja matriz, Casa da Cultura e vista da janela do hotel.



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Chegamos em Vitória - ES

Saindo de Santos Dumont – MG, resolvemos deixar um pouco as matas e cachoeiras de Minas Gerais, para cairmos de vez na praia, depois da terra do pai da aviação (Santos Domont que me perdoe, mas a cidade dele é uma decepção tamanha que nos arrependemos até de passar por lá ), fomos para Juiz de Fora – MG e pegamos um ônibus direto para Vitória – ES. Chegamos sexta-feira (21/11/2009 - 9h) no apartamento da dona Cida, tia do Joel, que fica perto de uma praia, depois de tantas caminhadas em trilhas, mata fechada e lama, nada melhor que curtir um dia de sol, isso ajudará quebrar o cansaço da viagem e o calor dos acostamentos a espera de carona.
Sem falar que a dona Cida é um anjo e nos quebrou um ganho enorme lavando nossas roupas, não agüentava mais fazer revezamento de roupa suja, pior ter que carregá-las. Santa dona Cida!
Após uma viagem tranqüila de 8 horas de ônibus (Juiz de Fora – Vitória), anestesiada com Dramin, uns mergulhos nas praias aqui de Vitória e Iriri e um sono sossegado sem pensar em fazer matérias, podemos dizer que tivemos um final de semana de “férias”.
Ufa!!!
Estou queimando igual brasa, de tanto sol, mas como disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.” A alma pode não ser pequena, mas o couro está vermelho e ardendo, mas que vale a pena, não tenha dúvida...





quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pé na estrada


As vezes fica um pouco difícil atualizar o blog por causa da correria da viagem, mas vamos lá...
Agora (19/11/2009) estamos em Santos Dumont, a cidade em que nasceu o pai da aviação, saímos de Lima Duarte, cidade sensacional, provavelmente você já tenha ouvido falar de lá pela fama do distrito de Ibitipoca, lá que está o Parque Estadual, é legal ver a água com a coloração de cerveja escura, as grutas, serras, ponte de pedra, tudo muito interessante, mas tem que pagar para entrar e há certa quantidade de visitantes por dia (ler matéria).
Fomos bem recebidos pela Secretaria de Turismo e o turismólogo Marcio Lucinda nos guiou pela turnê alternativa (tão bonita quanto Ibitipoca e sem taxa ou limitação de visitantes). Lima Duarte é turística por inteira.
Em Ibitipoca ficamos na Pousada Janela do Céu, muito boa, chique e aconchegante, já no município nos hospedamos no hotel Gabivini e no Rancho Alegre da dona Miriam, um hotel fazenda que vale a pena conhecer, sem falar do bom humor da dona Miriam, proprietária da fazenda.
Saindo do Rancho conseguimos carona até a BR 040 que liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte; parados na 040 tivemos a primeira sensação de medo da viagem, além do fluxo muito rápido dos veículos, a periferia de Juiz de Fora que fica próxima a rodovia faz com que alguns usuários de drogas fiquem as margens da BR. Para não dar bobeira para o azar pegamos o primeiro ônibus que parou e fomos para a rodoviária de Juiz de Fora e de lá viemos aqui para Santos Dumont.
Amanhã (20/11/2009) destino ainda incerto, provavelmente Rio Pomba – MG, já com o intuito de chegar o quanto antes em Vitória – ES.
A bondade de muita gente que vamos encontrando pelo caminho incentiva seguir adiante, legal conhecer tantas cachoeiras, grutas e locais que quase ninguém tem acesso para que seja preservado.
Quem acha que viajar pelo Brasil sai caro, tem que rever os conceitos, provavelmente se ilude com os altos preços dos pacotes oferecidos pelas agências de turismo, tem cidades maravilhosas, cheias de atrativos naturais, com um povo surpreendente e receptivo . Lugares que muita gente nunca ouviu falar, mas eles existem e tem muito a oferecer. Vale a pena perder um pouquinho de tempo e pesquisar antes de sair de viagem.
É isso ai, forte abraço e até o próximo post, se você quiser indicar um lugar maneiro no Brasil pra gente ir, fique a vontade.

Recomendamos até agora as seguintes cidades em MG para uma viagem econômica e proveitosa: Cristina, São Lourenço, São Thomé das Letras, Carvalhos, Bom Jardim de Minas e Lima Duarte.